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O gato selvagem africano e o nosso doméstico

Por Eduardo Pedroso

Cerca de 12.000 anos atrás os egípcios domesticaram o gato selvagem africano (Felis lybica lybica) para trabalho de controle biológico de roedores.

Os egípcios antigos tinham acabado de dar um salto civilizacional que mudaria para sempre os destinos da humanidade.

Pela primeira vez na História era possível guardar e estocar com eficiência o que se plantava nas terras férteis à beira do rio Nilo.

Os celeiros e a segurança alimentar do povo eram uma realidade. Também era uma realidade a ameaça que os roedores representavam para o incrível e humanitário avanço tecnológico.

O agronegócio da época resolveu com inteligência o problema. O gato selvagem africano foi o parceiro do momento e os celeiros foram protegidos.

O tempo cuidou de dar patas mais curtas e robustas para o gato africano, porque agora ele não precisava mais correr nos desertos atrás de sua presa, sua comida diária estava em buracos e telhados das construções humanas. Ele não precisava mais de velocidade e sim de músculos para saltar.

Seu tamanho também diminuiu para conseguir caçar em espaços mais reduzidos.

As adaptações e modificações do gato selvagem africano deram origem a uma nova espécie, o Felis catus, o nosso querido gato doméstico.

Eduardo Pedroso para Faunauê.

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